Atrito, Desgaste e Viscosidade
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Atrito, Desgaste e Viscosidade

Sempre que uma superfície se mover em relação a outra superfície, haverá uma força contrária a esse movimento. Esta força chama-se atrito, ou resistência ao movimento.
O atrito é, em alguns casos, necessário e útil, como nos sistemas de freio, e em outros casos indesejáveis, porque dificulta o movimento e consome energia motriz sem produzir o correspondente trabalho. Nessa condição, o atrito precisa ser o menor possível.

Tipos de atrito

Considerando o tipo de contato entre as superfícies em movimento, podemos distinguir:
Atrito sólido: Quando há contato de duas superfícies sólidas entre si. O atrito sólido pode ser subdividido em dois grupos:
a) Atrito de deslizamento: quando uma superfície se desloca diretamente em contato com a outra.
b) Atrito de rolamento: quando o deslocamento se dá através de rotação de corpos cilíndricos ou esféricos colocados entre as superfícies em movimento. Como a área de contato é menor, o atrito também é bem menor.
Atrito fluido: quando existir uma camada fluida (líquida ou gasosa) separando as superfícies em movimento. O fluido que forma essa camada chama-se lubrificante.

O que gera o desgaste?

Muito embora o objetivo imediato da lubrificação seja reduzir o atrito, podemos considerar que sua finalidade última seja diminuir o desgaste.
Todos os corpos sofrem a ação inexorável do desgaste com o decorrer do tempo. Logicamente, duas superfícies em movimento, uma contra a outra sofrerão desgaste. Por meio da lubrificação adequada, procura-se minimizar o desgaste, que se apresenta sob várias formas, algumas proveniente de deficiências de lubrificação, outras de causas diversas.
O conhecimento dos diversos tipos de desgaste é importante para averiguar suas origens e procurar a melhor forma de evitá-los. Alguns tipos de desgaste ocorridos, por exemplo, em rolamentos: abrasão, que é proveniente de partículas de material abrasivo (areia ou pó) contido no óleo lubrificante; desalojamento, que consiste na remoção de metal de um ponto e sua deposição em outro; corrosão, proveniente de contaminantes ácidos; endentação, consequência de penetração de corpo estranho duro (cavacos metálicos, impurezas) entre outros fatores contribuem para aumentar o desgaste. A lubrificação adequada e componentes adequados em um lubrificante favorece a minimização desse desgaste.

Viscosidade

Viscosidade é a medida da resistência do óleo ao escoamento. Essa resistência, ou atrito do fluido, evita que o óleo seja expelido da área entre as superfícies do motor quando estas se movem suportando carga ou pressão. A resistência ao movimento ou fluxo é função da estrutura molecular do óleo. Como é essa resistência a responsável pela maior parte da resistência ao avanço exercida sobre o arranque quando o equipamento entra em movimento, é importante utilizar um óleo cujas características de viscosidade garantam que o equipamento trabalhe de modo satisfatório, e também que o óleo circule adequadamente e proteja o mesmo contra temperaturas altas.
As classificações mais conhecidas de óleos devem-se à SAE (Society of Automotive Enginners) que é empregada na área automotiva e a classificação ISO (International Organization for Standardization) que é empregada na área industrial. Baseia-se única e exclusivamente na viscosidade, não considerando, pois, fatores de qualidade ou desempenho.